terça-feira, 12 de novembro de 2013

Um Desabafo, Talvez

Ultimamente eu tenho estado mais sei lá do que de costume. Acho que quando a gente começa a pensar nas coisas por muito tempo o cérebro meio que dá uma pane e talvez seja isso o que aconteceu comigo.
Tenho perdido horas fitando o nada tentando encontrar algum sentido nessa coisa toda que é a minha vida. De repente parece que o mundo todo vai cair em cima de mim, entende?
Acabei percebendo que estou com uma penca de assuntos mal resolvidos, tenho um monte de amigos que não são amigos, tem um buraco enorme de saudade no meu peito e mais uns mil comos e porquês que ninguém me explicou ainda.
O mundo como eu conhecia simplesmente está acabando, como um 2012 em 2013. Logo logo tudo o que eu mais amo vai virar pó de lembrança e sorriso congelado em fotografia.
Velhos hábitos terão que morrer... Já começaram a morrer na verdade, e isso me mata.
Cheguei a muitas conclusões importantes também, mas tem horas em que acho que seria melhor ter deixado tudo como estava, porque ai o sofrimento era por causa de uma única coisa – um coração adolescente partido duas vezes (o que é muito doloroso, diga-se de passagem) – e agora tem haver com tudo que está ao meu redor.
Sabe, eu gosto de mudanças, mas, de uma hora pra outra está tudo mudando rápido demais, as coisas estão simplesmente desaparecendo, sendo atropeladas.
Esses dias peguei um espelho e fiquei procurando a garotinha de 10 anos atrás com “janelinhas” no lugar dos dentes da frente, a mesma que aparece sorrindo sem se importar, a mesma que vestia fantasia sempre que podia, a mesma que não tinha medo de ser ela mesma. Ai me perguntei: No que será que a menina de olhos grandes e brilhantes que usava palavras que nenhuma criança utiliza se transformou?
Será que ela, que esperava tanto da vida, já está no caminho do que procurava?
E fiquei com raiva por saber que a resposta pra essa última pergunta era não, porque aquela garotinha esta prestes a pegar todos os caminhos errados. E por quê? Esse é um dos porquês que vai ficar sem resposta pra você, ou talvez para outro dia, quem sabe.

Ta bem... – considere um suspiro longo – Ainda tenho muito que viver pra ficar aqui reclamando né? A vida é tão curta, dizem, e é exatamente esse o problema. A vida é curta demais e eu me pergunto quando ou se em algum momento vou parar de me arrepender das escolhas pra começar a viver.

Nenhum comentário:

Postar um comentário